Células cancerígenas de ratos inibem câncer em humanos, diz estudo

31/01/2011 17:56

NOVA YORK - Pesquisadores do instituto Rogosin, em Nova York, conseguiram demonstrar, pela primeira vez na história, como células cancerígenas dos rins de ratos inibem ou paralisam o câncer nos seres humanos, segundo um estudo publicado nesta terça-feira, 26, na edição digital da revista Cancer Research.

"Este tratamento contém a promessa de uma nova opção para o tratamento contra o câncer porque utiliza os mecanismos biológicos" e evita os problemas da quimioterapia, afirmou o diretor dessa instituição científica e principal autor dos estudos, Barry Smith, em comunicado.

Estas pesquisas determinam que células cancerígenas de ratos inseridas em cápsulas de agarose, um elemento natural extraído das algas, e implantadas no abdômen de pacientes com câncer conseguem desacelerar ou paralisar o crescimento dos tumores.

A primeira fase de um estudo com experiências em mais de 30 pacientes com câncer em fase avançada e resistentes ao tratamento já "avaliou a segurança" do método, enquanto uma segunda etapa em pacientes com câncer de cólon, pâncreas e próstata ainda está em andamento.

As experiências também foram realizadas em 40 cachorros e gatos com tumores na próstata, no fígado e na mama. Os resultados incluem "a paralisação da expansão do tumor ou, em alguns casos, sua a eliminação".

"Os resultados de nossa pesquisa demonstram que esta aproximação não é específica para um tipo de tumor ou uma espécie, mas, por exemplo, células de ratos podem ser utilizadas para tratar diferentes tumores nos seres humanos e células humanas podem ser usadas para tratar diferentes tumores em animais", ressaltou Smith.

O instituto Rogosin iniciou sua pesquisa com o desenvolvimento da tecnologia para a criação das cápsulas de agarose.

"Muitos dos tratamentos que existem hoje em dia são limitados", afirmou, por sua vez, o executivo-chefe da Metromedia Bio-Science, Stuart Subotnick, que participa com o instituto Rogosin no projeto.

Subotnick acrescentou que esta nova tecnologia "altera os processos da doença e utiliza os mecanismos de defesa natural do corpo".

Voltar